terça-feira, 22 de abril de 2008

Toda noite antes de dormir virou rito, ele na frente do computador, pelo mesmo quando eu passava, ele era quieto, concentrado.
Passava por ele, dava um beijo, um boa noite e depois seguia pra cama, sozinha ia dormir.
No meio da noite, lá pras tantas, altas horas da madrugada, aparecia ele, aceso, louco por uma tr&*%$#, eu sonolenta, nem sabia direito o que tava acontecendo, aproveitava o embalo, me divertia adoidado.
Quando acordada, ficava me perguntando, se era sonho ou acontecimento, toda quebrada, doída, tinha certeza, não era sonho nada, foi uma noite (mal) bem dormida.
Não agüentando mais, tentei descobri tudo, qual era a jogada, será que eu estava sendo traída, virtualmente.
Sozinha em casa fui ao local do possivel crime, o escritório da casa, o bendito computador, revirei todos os arquivos, pastas, diretórios e ate no lixo, descobri uma dita pagina, onde tava escrito: contos e pensamentos, resolvi abrir e ler, não era so pensamentos, eram contos eróticos, ou como dizia minha vó, coisas de enxerimento.
Conversei com ele, abri o jogo, não sobre o que tinha encontrado, mas da minha desconfiança, o receio da traição. Ele calmamente me falou: Não amor, não to te traindo, ao contrario, to lendo, me instruindo, para esquentar nosso amorzinho, com dicas de alguns contos que seu próprio irmão me passou.
Escutei aquilo, fizemos um amorzinho gostoso, me fiz de conformada, fingi que acreditei e ao mesmo tempo pensei no que podia fazer.
Comecei a escrever contos, todas as minhas fantasias com ele realizadas e outras que sempre tive vontade, mas nunca tive coragem de falar, criei outras tantas, emocionantes, em cavalos, navio, nos mais diversos lugares que eu tenho até vergonha de contar.
Todos os dias deixava somente um conto em sua mesa, ele gostava, se excitava, curtia, dizia que tinha encontrado na internet, vasculhando em todos os sites e tinha gostado mais daquelas fantasias.
Alguns comentários ele teceu, poxa amor, tem muita coisa que a gente fez, se não fosse outras coisas que tem aqui, diria que foi você que escreveu, e assim se passou algumas semanas, e eu claro, negando.
No ultimo conto sobre sua mesa, deixei claro quem escrevia, o que era pra ser feito ao termino da leitura da ultima linha.

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