terça-feira, 11 de março de 2008

Carta

Ih, eu me acho tão jovem, mas sou já de um tempo onde na minha adolescência se trocavam cartas.

Na minha adolescência eu também escrevia e trocava cartas, lembro de pegar os endereços nas revistas Capricho e Caricia, para me corresponder com outras pessoas, existiam em impressos, endereços disponíveis para troca de correspondências.
Lembro também de pegar endereços de concursos na tv, daqueles que juntavam algumas embalagens e concorria a prêmios, como demorava pra juntar aquelas embalagens.

Teve um tempo também que era apaixonada por vôlei, nas madrugadas assistia todos os campeonatos mundiais, escrevi algumas vezes para os clubes e recebia cartões dos (as) jogador(as).

Mas foi de uns 05 anos pra cá que a graça de trocar cartas reapareceu com mais força.

Aquela emoção que sentimos ao vermos o remetente do e-mail se dissolve em um click. Com as cartas a espera potencializava a emoção. O susto da caixa de correio.

Reconheço essa emoção, olhar a caixa do correio todo santo dia, a frustração por está vazia ou ter zilhoes de correspondência, menos a sua carta, ou quando chegava em casa, a pergunta que não calava: Mãeeeeee, chegou alguma coisa pra mim????
E se chegava, felicidades mil, parava tudo que tava fazendo, rasgava com cuidado o envelope, sentava na cadeira da área, e começava a leitura....

Hoje chega muita coisa na nova casa, carnês e faturas...nada romântico...
Ontem escutei uma boa:
C:Alguma das correspondências que tava debaixo da porta, era pra mim??
Eu: Não, eram minhas..e soltei um risadinha.
C:Porque eu só fiz chutar (finíssima), tava com muita dor de cabeça, e não queria que aumentasse não.
Eu: Sossega, que essas eram minhas...e estavam pagas graças a Deus...rsrs...chegaram atrasadas.


Outra grande diferença, para mim fundamental, é que as cartas vinham diretamente das mãos das pessoas, com a letra e o cheiro dos entes queridos. Com fotos de paple, desenhos e perfumadas. Aquela pessoa distante estava ali presentificada.

Particularmente, gosto de escrever e receber cartas, gosto do tempo de escrever, de pensar e sair escrevendo, há toda uma magia naquele momento, toda uma entrega.
As cartas são mágicas por vir das mãos das pessoas sim, letra, tempo, envelopinhos, músicas, adesivos, enfim tudo que foi preparado com todo amor e carinho pra ti.
Nesse mundo “parte” cibernético as cartas trazem ou resgatam um diferencial, é um modo carinhoso e especial de falar pra alguém o quanto ela é importante, é mais uma forma de demonstrar carinho.
Tenho uma caixinha cheia de cartas e quando estou com saudades, vou lê-las, relembrar e sentir algumas emoções.


P.S: Dependendo da letra, pode ser meio trabalhoso...ler cartas..rsrsrs...juro que eu me esforço, meu pensamento é muito rápido, tento acompanhar, a letra que sofre.

P.S.S: Os trechos em negrito, foi de um coment que recebi hoje, brigada pelo coment. Seja ou sejam bem-vindas.

2 comentários:

k. disse...

oi tia!!
to bem...
eu também gosto de carta...
toda a mágia que tem em torno disso...
a parte principal é a hora de desvendar a tua letra...rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr....
beijinhos!!!

Anônimo disse...

Alow...
Vamos atualizar aí, né?
Affy.