quarta-feira, 7 de maio de 2008

Piaf, Tim Maia e Lya Luft

Finalmente assisti Piaf, meu primeiro pensamento no meio do filme foi: ainda bem que não assisti no cinema, que filme arrastado, aí lembrei de toda “dinâmica” de filmes franceses e fui indo, a historia da Edith é interessantíssima, muitas reviravoltas, loucuras e entregas.
A atuação da Edith adulta, pra mim, foi excelente.
Toda a trajetória depois de adulta, as lutas pessoais, quer dizer a vida dela toda foi de luta, superação, queda, autodestruição, glórias, uma roleta russa.
O término do filme com a música Non, Je Ne Regrette Rien calou toda a minha impaciência do começo, não só pela música, que eu já gostava,mas pela junção da letra e da historia, foi perfeita.
A música tomou um outro sentindo pra mim, e o filme também.


Conforme assistia o filme, ficava lembrando do livro do Nelson Motta sobre o Tim Maia que eu estou lendo, foram duas vidas paralelas que na minha mão apareceram ao mesmo tempo e eu acabei cruzando, juntando.
O Tim com toda sua vida muito louca aos olhos de todos, com todas as suas vontades, bauretes, musicas, álcool, família, ainda não terminei o livro,mas o autor vai dividindo os capítulos por anos e o peso do Tim, foi uma forma nova de contar uma historia, ele sempre mais louco e mais pesado.

E fiquei pensando, poxa, duas pessoas com sucesso em determinada área, mas o poder de autodestruição foi muito maior.

Na mesma noite assisti ao Roda Viva, com a Lya Luft que é uma senhora escritora que eu gosto pra caramba, das suas colunas e até agora eu não lembro se li algum livro dela, mas enfim me interesso de alguma maneira pelo que ela escreve, acho interessante e pertinente.
E depois dessa entrevista a achei muito mais interessante, gosto de ver pessoas inteligentes expor suas idéias de uma forma limpa, e as idéias dela sobre vida, mundo, pessoas são muito bacanas.


Entre muitas coisas, claro da entrevista, um jornalista colocou que os personagens dela eram muito “escapistas” que de certa maneira usavam mil e uma formas de escapar do mundo.

Ela no alto de sua sabedoria de muitas décadas, falou mais ou menos o seguinte: que antes ela dizia que seus personagens não tinham nada a ver com ela, mas hoje os ver como parte de si mesmo, e que não os tinha visto ainda como “escapistas”, mas olhando por esse lado todo mundo tem sua forma de escapar do mundo.


E na minha cabeça juntou tudo, Piaf, Tim e Lya Luft com todo mundo, não era e não é privilégio para famosos, e não importa qual a maneira, uns mais viris, outros mais sutis, uns mais escancarados, outros mais cuidadosos na sua maneira de escapar do mundo.

Qual o seu modo de ser “escapista”?


Um comentário:

Sheila Oliveira de Almeida disse...

Lili..saudade d te e agora c essa novidade iremos fik separadas..naum gostei :(.



bjimmmm